Diário de Bordo - No Fim

Querido leitor,

Apresentamos a última parte de Diário de Bordo: No "Fim"

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            Até logo...


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 No "Fim"


Fatigado pelos exercícios da vida, aproveito o repouso em seu fim. Sentado em minha cadeira de balanço, ouço, como se estivessem em minha frente, os balanços de toda a minha vivência. Vitórias que me fizeram chorar, o quanto sinto falta! Saudade indescritível daqueles que pude ou não abraçar. Arrependimento construtivo daquilo que mal fiz ou deixei de fazer. Como o tempo passou!

                É claro que não tornarei à pátria espiritual como um anjo. Se fosse assim, não estaria resgatando antigos débitos ou reparando relações ruídas. Ao menos creio que não ousei contrair mais dívidas na atual condição. Nos tempos de hoje, sei que ainda não é o bastante, porém fico mais satisfeito.

                Muito embora eu saiba que meu relógio esteja caducando, não sou capaz de prever quando a areia deixará de cair. Entretanto, espero não me comportar como um corpo inerte que aguarda o fim. Ouço dos amigos o desejo de ir estando insano para que não sinta a vinda da querida. Discordo. Há de convir que estar lúcido até o fim é uma vitória transcendente à carne. A clareza de mente permite o despertar com olhar abrangente, audição paciente e coração sensível.


 "Dar-vos-ei um coração novo."

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