Não há sentido algum no uso da lógica eletromagnética para
nortear relações entre seres humanos, dotados de coração, e não de ímãs
metálicos dentro do peito.
Parece tão óbvio, porém é, ao mesmo tempo, difícil de
enxergar: da mesma forma que procuramos pessoas afins para serem nossos amigos,
logicamente, deveríamos buscar relacionamentos amorosos também afins.
Flávio Gikovate, psicoterapeuta brasileiro, dizia que “as
relações amorosas de qualidade devem se dar entre pessoas parecidas.” “Opostos
se atraem, mas não combinam.”
Por isso, há metáfora da alma gêmea, não da alma oposta... Nossa natureza pede mais tranquilidade nos relacionamentos,
porém nossa incapacidade de sermos felizes ainda nos coloca em armadilhas
cruéis...
Pessoas que não se conhecem não conseguem distinguir a
melhor companhia para si mesmas.
Queixam-se, diariamente, do insucesso no encontro de
parceiros ou parceiras amorosos, seja por falta de afinidade, seja por qualquer
outro motivo. Não param para pensar no que realmente estão buscando, pois, ao
invés de darem atenção à combinação, retêm-se à atração.
É forçoso entendermos que a busca e a manutenção das
relações amorosas nos requerem trabalho interior: o autoconhecimento. Resultado
da falta deste são os inúmeros divórcios, precoces ou não, que aumentam a
cada dia...
A inteligência nos clama, portanto, a mudarmos nosso jeito
de ser, pelo fato de o atual modo de pensar não nos conduzir à construção de
vidas bem estruturadas ao lado de outrem.
É impossível conhecer o outro sem nos conhecermos, e mais
impossível ainda enxergar o que combina conosco se não sabemos o que somos.
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