Este é o segundo vídeo do quadro "Diário de Bordo".
Boas reflexões!
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Diário de Bordo – Os trajetos
Não
sou capaz de resumir, em uma palavra, como foi o trajeto pelo mar de minha
vida. Desde muito pequeno, já me responsabilizava pelo comando do timão, e isso
me permitiu enxergar as coisas cedo, porém cansou-me muito antes do esperado
também.
Houve
várias e várias estações, estados pelos quais velejei em minha travessia. Tempos
de águas planas ou agitadas, turvas ou cristalinas... Céus brilhosos e
ensolarados ou atmosfera pesada, de ventos violentos e chuvas devastadoras,
cuja água fundia-se à que meus olhos derrubavam. Com raras exceções, minha nau
sequer ameaçou afundar.
Por
descuido, talvez ignorância, permiti que, várias vezes, fosse tomado um rumo
diferente do planejado por mim. Embora esses desvios fossem incrivelmente
estranhos a mim, em alguns, fui muito feliz na escolha. Já em outros,
arrependi-me amargamente e desejei nunca mais repeti-lo, lembrando da frase que
é mais ou menos assim: “Errar é humano. Tolice é permanecer no erro.”
Todavia,
meus amigos, o gosto da dor amarga nos ensina lições de vital importância ao
nosso crescimento que, sem elas, talvez, não seria possível aprender. Não
creio, em momento algum, ter sido acaso ou coincidência o fato de ter cruzado
tempestades ou calmarias. Coisa que ainda não conseguimos explicar, mas
sentimos no nosso íntimo essa coisa do “tem que acontecer”.
Hoje, atraco neste porto e espero.
Em minha frente, posso ver, com clareza, o rastro que meu minúsculo barco
deixou no oceano infinito. Acompanha-me, como sempre, minha sábia consciência,
a qual, mais do que nunca, auxilia-me na avaliação de toda minha rota.
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